Ministro André de Paula conhece projeto do Complexo Internacional da Economia do Mar do RN

Ministro André de Paula conhece projeto do Complexo Internacional da Economia do Mar do RN

Nesta sexta-feira (27), o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula e o secretário executivo do órgão, Carlos Melo receberam, em audiência em Brasília, a governadora Fátima Bezerra, a senadora Zenaide Maia, os secretários de estado, Jaime Calado (Desenvolvimento do RN) e Guilherme Saldanha (Agricultura, Pecuária e Pesca), o presidente do Sindipesca-RN e da Cooperativa de Produção e Serviços da Cadeia Produtiva da Pesca e da Aquicultura do Brasil (Coopesbra) e diretor da Fiern, Gabriel Calzavara e o superintendente do Sistema OCERN, Eduardo Gatto. Na pauta, a apresentação do projeto do Complexo Internacional da Economia do Mar, para alavancar a pesca costeira, oceânica, artesanal, indústria de transformação de produtos da pesca e aquicultura, além de incentivar o transporte marítimo de menor porte, tendo o Rio Grande do Norte como hub dessas atividades. Vocação para a pesca O Rio Grande do Norte tem forte vocação para os negócios da economia do mar, haja vista ser o maior produtor de sal marinho do Brasil e do mundo, possuir plataformas continentais para produção de petróleo, ter forte vocação a produção marítima de energia eólica, grande potencial para a aquicultura, além de já ter relevante produção pesqueira, entre outros (Codevasf, 2021). Segundo informações do Sindipesca-RN, em termos de pescados, o RN se destaca por ser o maior produtor e exportador de atum do Brasil, representando cerca de 90% do total das exportações brasileiras, cuja receita em 2021 foi de aproximadamente US$ 18,352 milhões (COMEX STAT, 2022). Entretanto, como a tecnologia das embarcações usada atualmente na pesca do atum ainda é aquela do século XIX, o valor agregado do pescado exportado é praticamente incipiente, porquanto o atum é comercializado fresco e mantido em gelo, inclusive durante a logística internacional. As commodities de fato dominam a pauta de exportações do RN, o que traz inúmeras dificuldades de estruturação do desenvolvimento agroindustrial, pois o baixo valor agregado dos produtos exportados, condiciona a rentabilidade dos negócios mais à taxa de câmbio do que à própria atividade produtiva, fato que reduz a capacidade de investimento do agronegócio potiguar. Aliado a isto há questões de logística e mercado internacional que também dificultam o desenvolvimento da economia do mar no RN. Como a base produtiva do estado é basicamente constituída de micro e pequenas empresas, sua economia é fortemente dependente do setor de serviços. Da mesma forma, a logística internacional, utilizando navios cada vez de maior porte, favorece o comércio de grandes empresas para o hemisfério norte. Assim, observa-se que de fato a base de produção do RN não favorece maior integração ao comércio internacional. O Projeto A concepção do Complexo estabelece três áreas de atuação: 1) Agroindústria Pesqueira, que prevê a construção de nova frota pesqueira de alta tecnologia, a incorporação e transformação do Terminal Pesqueiro de Natal/RN numa moderna agroindústria de processamento e comercialização de pescados e produtos da aquicultura, entre outros; 2) Produção Aquícola, voltada a pesquisa, desenvolvimento e produção industrial de micro e macro algas, peixes, moluscos e crustáceos; e 3) Operadora Logística, que consiste na operação de frota mercante própria (navios multifuncionais de pequeno porte), visando a integração comercial da região Nordeste com a África Ocidental, o que permitirá a incorporação e operação do Porto de Natal/RN como terminal alfandegado de cargas e base da operação mercante, inclusive aquela de cabotagem. Coopesbra Em abril/2022, para equacionar esses gargalos e aproveitar a vocação natural do RN, e ainda melhor oportunizar seus negócios, algumas empresas de setores da economia do mar se organizaram através do cooperativismo, com a fundação da Cooperativa de Produção e Serviços da Cadeia Produtiva da Pesca e da Aquicultura do Brasil (Coopesbra), objetivando a implantação do Complexo Internacional da Economia do Mar do Rio Grande do Norte. A iniciativa conta com o apoio da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Norte – OCERN e da unidade estadual do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – Sescoop/RN.
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